Carlos Santalena e Carlos Canellas encararam a chamada "zona da morte" e chegaram ao ponto mais alto do Monte Everest no sábado. Para chegar lá, porém, não passaram por um caminho de flores. Em condições adversas, mas "esperadas" - como disse Canellas - a dupla brasileira e Rodrigo Raineri (o terceiro integrante da equipe, que não chegou ao topo) encararam ventos fortes, falta de água, de luz e, claro, muito frio. No final, a comemoração foi tripla, pois, além do feito, a equipe festejou o aniversário de Raineri e Santalena. Do acampamento-base, Canellas contou a aventura, publicada no site oficial da expedição.
"Havia um vento forte de 70km/h... o Rodrigo Raineri acabou voltando em uma parte da subida, nós estivemos juntos sempre, mas ele decidiu voltar porque o vento estava muito forte para voar e porque nós estávamos sem água também, nós tivemos um problema com a hidratação, mas no fim acabou tudo certo. Nós começamos a descida e não encontramos ninguém, tanto na subida como na descida, foi um cume 100% brasileiro, estava um dia muito bom..."
"... Nós voltamos para o campo 4 e encontramos o Rodrigo fazendo água para nós na medida do possível, porque a gente não tinha fósforo, então esse foi um problema sério, passamos uma noite complicada no campo 4 com ventos de mais de 100km/h e a barraca que eu estava ficou destruída, mas não foi nada grave, uma noite esperada para quem está no Everest... baixamos finalmente para o campo 2 onde tinha uma barraca esperando e uma estrutura boa para nós, dormimos lá para descansar e para nos recuperar, foi uma noite muito agradável, estava uma noite fria mas tínhamos uma estrutura para tudo que a gente precisa ali no campo 2..."
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